A escolha
“Nesses dias, saiu Ele em direção ao monte, para fazer oração, e passou
a noite a orar a Deus. Ao amanhecer, chamou os discípulos e escolheu doze entre
eles, aos quais deu precisamente o nome de Apóstolos.” Lc 6, 12-13
Inovação! Talvez se esse ato de orar fosse tomado nos dias atuais, onde vemos alianças costuradas em nome do poder, acima da moral e do caráter de um homem. O ato de escolher muitos “lideres” que compõe o ministério de várias igrejas está mais ligado ao comportamento holográfico do individuo, seu poder aquisitivo e sua fidelidade na hora do voto.
O comportamento holográfico, e
nada mais nada menos que passar para os pobres mortais que compõe a igreja, que
não há tentações, que o eu interior já foi vencido, que o individuo atingiu a
medida perfeita não há de Cristo, mas a da instituição. Isso é fácil de
verificar, a pessoa vem para igreja e aceita, dias depois ela e massiçamente
bombardeada com declarações do tipo: “O crente tem que fazer a diferença, tem
que mostrar de longe que é crente em Jesus”, mas espere, a mudança é apenas nas
roupas e no modo de se portar a frente da liderança da igreja. Dias desse vi
uma cena que mostrou como esse conceito está forte na mente da igreja e de seus
lideres, mesmo que não se fale não se admita. “Onde está o novo convertido que
aceitou ontem, háaa, ali está” (a igreja vibra). O pastor e avisado que o mesmo
está de terno e gravata, e fogueia a igreja, “Irmãos Deus é bom! que maravilha, o amado irmão já veio
pronto pra servir”.
Mesmo que de forma inocente e bem
intencionado o neófito se deixa levar pelo oba oba, se deixa levar ao
matadouro de seu crescimento no evangelho de Cristo. Seu caráter não mudou,
pelo contrario na maioria das vezes aprende rápido os caminhos do sucesso
financeiro e social dentro da igreja. Logo sabe o que fazer para ser chamado ao
ministério da igreja e, ao ser chamado, em pouco tempo mostrara que não tinha
novo nascimento em Jesus.
O poder aquisitivo, de todos os
aspectos que são levados em conta na
escolha de algumas igrejas de seus lideres, acho que este se assemelha muito ao método usado pela Igreja Católica Romana dos tempos passados, onde seus lideres eram escolhidos de acordo com suas posses. Em muitas
circunstâncias o dízimo e as ações “filantrópicas”
de alguns “homens de deus”, são fortes indicativos para se fazer esta tão importante
escolha. Isso se mostra não só quando o escolhido tem uma boa gordura pra
extrair, mas se o dito cujo tem uma boa projeção no futuro, também vale
investir, quase um investimento na bolsa de valores, pra ser mais preciso no
mercado futuro, (isso acontece muito quando chega período político, “vamos dar
um cargo ao irmão que pra ajudar”.
Fidelidade na hora do voto, mesmo
que a peso de ouro, e como isso acontece? simples, partilha-se as igrejas mais
prosperas com os “fieis”, viagens pagas na hora de votar e pagamento de
mensalidades atrasadas na convenção. Além de cargos na diretoria das
convenções, sim, pois o cargo de pastor já não é mais grande coisa e a renda da
igreja já não basta.
Isso tudo mostra o como estamos
distante do padrão de Jesus. Mostra que cada vez mais estamos
transformando o evangelho de Cristo em fundamentos para instituições meramente
humanas, e o que é pior, vendendo franquias. Mas vamos ver o método de Jesus
para escolher os doze.
“Saiu Ele em direção ao monte, para fazer oração...” Mesmo Jesus
sendo Deus Jo 10.30 tendo consciência do que os apóstolos era por
dentro, ele preferiu orar, para uma tão grande decisão a ser tomada, uma vez
que a igreja edificada sobre ele mesmo pedra angular Ef. 2-20 precisava
de bons construtores para esta obra. Neste momento me faz impactar uma grande
verdade neste texto, Cristo Jesus colocou sua escolha a Deus, e vou muito além,
ele só saiu do monte com a resposta.
Não vejo em nenhuma passagem do
novo testamento Jesus fazendo prova humana com os apóstolos, ou sendo influenciado
pela bajulação dos tais, ao contrario vejo a todo o momento um Cristo que sabia
quem eram os apóstolos, mas estava mais preocupado em concertar os defeitos do
que fazer prova pra saber se da pro gasto. Ai entra um outro fator que me
assusta, Jesus tinha discernimento, isso é algo que falta hoje em dia, pois hoje
muitas das vezes, só se vai por vista, na hora de chamar alguém pro púlpito I Sm 16 – 7, algo que é
totalmente inverso do que a palavra de Deus mostra.
Uma vida ilibada e santa as
vistas de todos assim foi posteriormente a escolha dos apóstolos, na escolher dos homens para
ajudar a servir a mesa. Atos 6:3, 5,.Os apóstolos direcionaram a igreja a
selecionar sete homens para a obra do diaconato, de acordo com o versículo 3:
"Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do
Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço." Um dos
homens a quem a igreja escolheu foi "Estevão, homem cheio de fé e do
Espírito Santo" (v. 5). Os apóstolos sabiam da importância que tinha a
escolha de pessoas para cooperar com eles na obra, por isso os requisitos aqui
vistos eram as prioridades a serem observadas para ver as qualificações dos
candidatos.
Em uma outra oportunidade,
discorreremos sobre estas qualidades mas, por enquanto fica o alerta aos nossos
lideres, que esse sistema de manutenção do poder nas igrejas e convenções não
beneficiam a ninguém a não ser os
poderosos da igreja, enquanto que os
pobres mortais estão a mercê de sua própria força de vontade de sobreviver.
Seja Deus em tudo.
Silver James.
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Só fale aquilo que pode edificar tanto a você como aos outros e desfrute das bençãos do Senhor Jesus.