O catolicismo que há dentro de nós


Não é incoerência nem mesmo bravata, mas é uma constatação triste em nosso meio. Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero afixou na porta da capela de Wittemberg 95 teses que gostaria de discutir com os teólogos católicos, as quais versavam principalmente sobre penitência, indulgências e a salvação pela fé. 491 anos da reforma protestante. Valeu a pena?
Martinho Lutero expos as formas de extorsão que havia na igreja da sua época, que eram totalmente contrarias as palavras do evangelho de Cristo Jesus. A sede de poder que contaminou o clero romano ainda hoje faz vitimas, aonde vamos para com tanta hipocrisia e nocividade? Coloca-se a ascensão social na igreja através de cargos acima do outro, onde vejo em MC. 9,30-37 Jesus advertindo os apóstolos que discutiam entre si, qual deles seria o maior, qual deles comandaria tudo após a partida do Mestre. Jesus lhes diz:- “Se algum de vocês quer ser o maior, seja o menor, seja o último, seja aquele que serve.”.
A igreja romana enriqueceu as custas de indulgencias de fato, mas penso, em analise profunda, dos fatos históricos, que, a subida ao poder se deve em principal a barganhas com os nobres por terras em troca de títulos dentro da igreja, o que lamentavelmente vemos hoje acontecer, é fato que acontece tanto nos altos escalões da igreja como na membresia da igreja seja pentecostal, neo ou tradicional.
A fome de poder aqui na terra está levando a uma descrença na justiça de Deus, na sua soberania, se prega a manutenção do poder temporal da igreja mesmo que não se assuma, em vez do poder transformador do evangelho, senão veja as ostentações em festas e honrarias. Em cada evento se faz menção de "Como Deus operou em tal festa e menos naquela", ou declarações do tipo “Deus deu, a resposta que EU queria.”
O evangelho da massageação de egos e da troca de favores cria dentro da “casa de Deus” homicidas, que matam e perseguem sem causa as almas, genocidas que valorizam o exterior e mascaram a verdade interior que é sepulcral Mateus 23.25-28. São nobres vivendo como inquisidores dos “Hereges”, estes que repudiam assim como Lutero, esse evangelho sem Cruz, sem Getsêmani sem essência de Cristo. Se assim sou, “herege” que eu queime na fogueira dos nobres barões da igreja, pois não queimarei na chama do inferno. Leiam http://migre.me/5A2cj .
A verdade e posta como feia, pois denuncia a corrupção moral da instituição feudal que se tornou a igreja evangélica atual, e não adianta esbravejar com os jargões “A igreja é santa, é de Jesus”, pois a eficácia do discurso e anulada pelas praticas que de nada diferem dos atos da igreja romana. O pai da reforma em nossos tempos cairia em pratos ao ver que nós transformamos a reforma em um novo sistema de império romano, pois temos: cardeais, bispos, arcebispos e papas mesmo que assim não se chamem.
Queremos aprender com uma flor, mas negamos os ensinamentos de Cristo com nossos atos de vilania contra os nossos irmãos. Pedir avivamento e retorno aos princípios da igreja primitiva sem mudança de caráter e desapego ao mundanismo disfarçado que entra na igreja, é hipócrita, discurso populista e ditatorial. A Fé sem as obras é morta. Seja Deus em tudo.
Silver James.

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