Moda do Momento
O que é ser
evangélico?
Determinar
a identidade do evangélico brasileiro é difícil tanto para estudiosos quanto
para líderes do segmento.
Por Alves Filho e Laelie Gonçalves
Dizem
que, para algumas perguntas, não existe resposta. Ou então, há várias, mas que
nenhuma pode ser considerada totalmente correta. Parece ser o caso de uma
questão com a qual os brasileiros passaram a lidar com maior frequência nos
últimos anos, em grande medida por conta das implicações sociais: o que
significa ser evangélico em nosso país? Não vale a pena apressar-se em
responder, até porque se trata de um questionamento retórico, que leva a outras
indagações. Como definir a pessoa que assim se classifica? E que traços a
identificam e distinguem daquela que não se apresenta como tal? Há algumas
décadas, uma resposta evidente seria: “Evangélicos são os bíblias, que andam de
terno ou saia longa no domingo e vão à igreja de crentes.” Reducionista e
pejorativa tal definição, embora comum no passado, já era incapaz de abranger
um conceito tão amplo. Mas servia, ao menos, como forma de distinguir os
cristãos protestantes, que também eram notados pelo modo de vida frugal e
conduta modelar. Sim, ser “bíblia” era sinônimo de integridade noutros
tempos...
Hoje,
porém, esse perfil não cabe mais. No que diz respeito a hábitos e estilos,
tanto as roupas protocolares quanto a Bíblia de capa austera não constituem
mais características dominantes entre os membros e frequentadores de igrejas
evangélicas, principalmente no contexto urbano. O estereótipo de que crente é
gente pobre caiu por terra há pelo menos uma geração: ao contrário de seus
pais, os evangélicos de hoje – ou melhor, parte significativa deles – já não
têm pudores em acumular bens materiais e almejar a prosperidade neste
mundo.
Além
disso, escândalos recentes envolvendo líderes e denominações, principalmente
nas últimas duas décadas, mancharam a imagem de probidade antes atribuída a
todos os protestantes. Até em termos de pesquisa (e vem aí um novo Censo) fica
difícil determinar se uma pessoa é ou não evangélica. Isso porque, nas
pesquisas sobre pertencimento religioso, realizadas pelo Instituto Brasileiro
de Estatística (IBGE), o termo é usado para englobar qualquer crença fora do
catolicismo que se afirme cristã, o que coloca no mesmo caldo, por exemplo, as
testemunhas de Jeová e os mórmons, apesar das profundas diferenças teológicas e
doutrinárias desses grupos com o segmento evangélico. Junte-se ainda o fato de várias pessoas se
apresentarem como “evangélicas” por motivos nada espirituais, como o artista
que precisa virar notícia para sair do ostracismo ou o criminoso – de colarinho
branco ou não – instruído a passar uma imagem de “gente de bem” que está sendo
injustiçada.
Ser
evangélico, hoje, já nem significa necessariamente ter ligação visceral com uma
igreja, o que costumava ser uma característica fundamental dos crentes. “O
evangélico não praticante já é uma realidade”, opina a pesquisadora Eunice
Zillner, do Ministério de Apoio com Informação (MAI). “Em minhas pesquisas,
tenho encontrado pessoas que se dizem evangélicas, mas não praticantes.” Ou
seja, ser evangélico, no país, tornou-se um conceito extremamente vago. “Não
existe uma Igreja Evangélica no Brasil; é simplismo pensar assim”, afirma o
pastor Ricardo Gondim, dirigente da Igreja Betesda, em São Paulo. “Não é
possível traçar um perfil, pois o termo ‘evangélico’ não possui características
que o nomeiem.” Para exemplificar a fragilidade dessa ideia, Gondim cita o
próprio movimento social do país: “Sempre se acreditou que, à medida que os
evangélicos crescessem no Brasil, o país seria afetado. Isso é um pensamento
ingênuo, pois conforme um movimento cresce, a tendência é ficar parecido com o
meio que está inserido.”
“Mosaico”
Essa indefinição faz com que a identidade evangélica permaneça à deriva e,
portanto, passível de rotulações. Na opinião do sociólogo cristão Paul Freston,
professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais na Universidade
Federal de São Carlos e professor de sociologia do Calvin College (EUA), esse
fenômeno gerou uma imagem pública do evangélico fortemente associada às igrejas
neopentecostais – denominações cuja pregação e prática difere frontalmente do
protestantismo clássico. “Isso tem implicações negativas nos setores mais intelectualizados
da sociedade”, analisa o pesquisador. “A identidade ficou comprometida. Essa
ideia começou com os políticos, quando começou a se eleger bancadas
evangélicas. A imagem começou a se prejudicar com a corrupção e o despreparo
para a função pública”. A forte presença midiática corrobora esta percepção. “O
neopentecostalismo não tem essa força toda, mas a imagem da mídia ajuda as
pessoas a acharem que são todos ‘farinha do mesmo saco’.”
O
pastor presbiteriano, teólogo e escritor Augustus Nicodemus Lopes compartilha a
opinião de Freston. “O termo ‘evangélico’ passou a designar mais
especificamente os neopentecostais, devido ao fato de eles se apresentarem como
tal, o que é questionado por vários ramos protestantes”, avalia. Nicodemus diz
que a diferença brutal entre eles e o cristianismo histórico não foi percebida
pela mídia, que desconhece o assunto, passando a tratá-los por essa designação.
O pastor destaca outro fator importante que não pode ser menosprezado por
qualquer pessoa que pretenda chegar a uma definição sobre a identidade do
crente nacional. “Sem dúvida, o Brasil é influenciado por outros países. A
massa evangélica brasileira pouco tem de original. É moldada por ideias,
práticas e costumes oriundos dos Estados Unidos”. A exceção, continua, está
justamente no neopentecostalismo.
“A
Igreja Universal do Reino de Deus e seus derivados, originalmente, são uma
produção brasileira, valendo-se das religiões afro-brasileiras para suas
estratégias de crescimento. É aqui que talvez resida a identidade própria dos
evangélicos brasileiros, no movimento de batalha espiritual e teologia da
prosperidade, que reagem mais ao espiritismo e catolicismo.” Analisado dessa
maneira, o fenômeno evangélico nacional – marcado por multiplicação de igrejas
e denominações, ocupação de mais espaços públicos e privados e presença
marcante nos meios de comunicação – tem tanto a ver com religião quanto com
outras dimensões sociais, como a política, o mercado de consumo e a mídia.
Portanto, não faria mais sentido responder à pergunta: “O que é ser
evangélico?” apenas sob o ponto de vista da adesão à fé protestante.
“Evangélico
deveria ser aquele que assume um compromisso ético e moral com o Evangelho, mas
não é isso que vemos hoje”, declara Ricardo Bitun, sociólogo e pastor da Igreja
Manaim, na capital paulista. “Hoje o segmento evangélico é um leque.” Para ele,
não existe mais homogeneidade. “A gente vivencia um corpo multiforme, com
variedade de liturgias contraditórias que não combinam. É uma mistura, um
mosaico. Isso impossibilita traçar um perfil do evangélico.”
Conjunção
de influências
Mário Sérgio Cortella, sociólogo e professor titular da
Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, associa essa imagem
multifacetada a um movimento social bastante conhecido no Brasil: a migração.
“O perfil do evangélico baseado nas igrejas neopentecostais é o pertencimento
às classes C, D e E, migrante, que trouxe para a cidade grande valores que
haviam sido deixados na roça, como a figura do demônio, reformatada pelos
neopentecostais para dentro da igreja”, afirma. O estudioso lembra que o Brasil
sempre teve uma cultura católica – todavia, nos últimos quarenta anos, a
sociedade passou a ver as práticas cristãs sob uma nova perspectiva. “O
evangélico hoje é alguém que foi católico ou que nasceu na tradição reformada.
Da mesma forma, há um aumento no número de pessoas que circulam por várias
práticas religiosas, o que também caracteriza o evangélico no Brasil.”
Por
força dessa conjunção de influências, a fidelidade à igreja, antes marca
reconhecidamente evangélica, também começou a se perder. Na sua avaliação, a
falta de identidade religiosa, antes associada aos fiéis do catolicismo, já é
uma característica também do segmento evangélico. O sociólogo credita essa
tendência à redução na participação comunitária das pessoas nas igrejas –
prática presente nas denominações históricas e que desapareceu nas igrejas de
surgimento mais recente: “Essas igrejas, à semelhança da Católica, possuem um
clero centralizado, o que leva ao descompromisso por parte dos membros.”
Para
líderes da velha guarda, carece de sentido essa história de evangélico não
praticante. “Ser evangélico é unir-se a uma igreja chamada evangélica. O perfil
do evangélico, de acordo com a Bíblia, é aquele que viveu a experiência da
conversão, tem certeza dela e segue os ensinamentos da Bíblia, além do batismo
e da vida cristã”, enumera, do alto de seus 97 anos de idade, o pastor batista
pentecostal Enéas Tognini. “Para ser evangélico, você deve ser convertido e
praticante. O que acontece é que alguns grupos só querem crescer numericamente,
mas não ensinam o povo a passar por uma mudança de vida verdadeira”, sentencia.
O
pastor Sócrates de Oliveira, diretor executivo da Convenção Batista Brasileira
(CBB), também se vale da objetividade para determinar o que seria um perfil dos
crentes em Jesus: “São pessoas que tiveram uma experiência pessoal com Deus a
partir da leitura da Bíblia. Essa experiência faz com que queiram tornar-se
membros de uma igreja, submetendo-se ao batismo, um ato de pública profissão fé
espiritual”. Além disso, continua, os evangélicos procuram crescer no
conhecimento da vida cristã, buscam anunciar essas verdades a todos “e têm uma
conduta espiritual e moral digna dos valores enunciados na Bíblia”, resume. Apesar
disso, Sócrates reconhece que houve uma mudança de paradigmas. “Acho que
atualmente o termo evangélico está completamente desvinculado do que realmente
identificava os crentes há cerca de vinte anos. Hoje, existe um grande número
de templos que se identificam como igrejas evangélicas. Entretanto, não passam
de organizações sem princípios bíblicos ou doutrinários, o que não permite que
possam ser consideradas como tais.”
“Perfil
do Senhor”
Há quem não veja motivo para fazer distinção entre o sentido da
palavra “evangélico” nos dias atuais e em um suposto passado perdido. É o que
pensa, por exemplo, o pastor Jabes Alencar, líder da Assembleia de Deus de Bom
Retiro, em São Paulo. “Para mim, ser evangélico é crer no Evangelho, seja em
que tempo for”, sintetiza. Jabes reconhece que, atualmente, muitos cristãos,
inclusive líderes, evitam dizer-se evangélicos, já que no sistema religioso
também esconde-se gente que com seus atos depreciam o Evangelho de Jesus. Mas
acha que tal postura não faz sentido. “Daqui a pouco, vão dizer que não são
mais brasileiros porque o Brasil tem muita corrupção”, compara. “Portanto,
permaneço sendo evangélico, servo de Deus, cristão, assim como todos os homens
de Deus se posicionaram ao longo da história.”
Isso
talvez resolva a questão semântica, mas não oferece uma resposta definitiva à
pergunta fundamental, qual seja: o que define a identidade evangélica nacional?
Se os hábitos e as liturgias das igrejas – para o bem ou para o mal –
assimilaram e foram assimiladas pelo contexto cultural, o que sobra? Para o
pastor Lourenço Stelio Rega, doutor em ciências da religião e diretor geral da
Faculdade Teológica Batista de São Paulo, a ética deveria ser a melhor
resposta. “A questão da ética não é só na transmissão do ensino, mas na vivência
real e concreta no cotidiano”, aponta. O professor lembra os primórdios da
Igreja, quando a fé era tão impregnada no estilo de vida que os cristãos
provocaram uma revolução religiosa e social no ambiente em que estavam
inseridos. Segundo Rega, o conceito tornou-se vago pelo distanciamento entre a
profissão de fé e a prática dos devotos. “Para tirar uma identidade própria
dessa mistura é preciso conhecer mais profundamente a identidade do que é ser
cristão no Novo Testamento e assumir incondicionalmente o Evangelho como modo
de vida.”
Mesmo
assim, na opinião de vários teólogos e líderes de igrejas, é nessa capacidade
de refletir o Reino que transforma o indivíduo e, consequentemente, a sociedade
que os evangélicos podem encontrar seu maior traço de distinção. “Eu diria que
o típico evangélico hoje é alguém que conheceu a Palavra de Deus e seu amor
sendo pobre e morando na periferia de uma de nossas grandes cidades”, afirma o
escritor Valdir Steuernagel, pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana.
“A pessoa evangélica é, muitas vezes, uma mulher sozinha cuidando dos seus
vários filhos. Esse perfil me parece significativo porque o encontro dessa
pessoa com o Evangelho a transforma e coloca num patamar de dignidade de vida.
Ele indica também que o Evangelho de Jesus Cristo tem um jeito fantástico de
atingir as pessoas em seus dramas, promovendo-as a cidadãs do amor de Deus.”
Esse
perfil, na opinião de Steuernagel, costuma ser contraposto por dois clichês: o
do evangélico que quer levar vantagem em tudo que faz e o do crente retrógrado,
aquele que nunca está em compasso com a sociedade e sua necessidade por mais
justiça, amor e compreensão. “Esses estereótipos, porém, não são dignos do
Evangelho de Jesus Cristo, e não devemos deixar que a nossa identidade seja
moldada por eles”, frisa o religioso. “O nosso perfil deve ser modelado pelo
Senhor. E isso deve acontecer em cada lugar e a cada geração.
Resgate
Foi a partir dessa visão que surgiu um termo alternativo para “evangélico”: o
evangelical. Usada com relativa frequência, principalmente em países em que se
fala o inglês, a expressão disseminou-se a partir da Conferência de Lausanne,
em 1974, ligada a uma abordagem que se tonnou conhecida como Evangelho integral
– qual seja, aquele que atende o homem na plenitude de suas necessidades,
inclusive as físicas e sociais. A palavra serve para distinguir os cristãos
nominais – ou simples frequentadores de igrejas – daqueles que se dispõem a
fazer de sua fé motivo para engajamento e interação com a sociedade. “Várias
pessoas acham que o evangelicalismo é um caso perdido e que os evangélicos
históricos devem buscar um outro termo para se denominarem”, diz o bispo
anglicano Robinson Cavalcanti, da diocese de Recife (PE). “Eu não acho. Várias
instituições ainda levam o verdadeiro sentido e devemos resgatar o nosso
termo.”
Ele
sabe, porém, que o trabalho não será fácil. “As igrejas não ensinam mais ética
nem enfatizam questões sociais. Elas transmitem moralismo e legalismo. O
resultado é que o povo está despreparado, contaminado pelo mundanismo. Há uma
crise de propagação da Palavra.” Mesmo assim, ser evangélico ainda significa
algo. Ainda que não estejam vivendo totalmente de acordo com os ideais
defendidos pelas Sagradas Escrituras, eles – sejam chamados de crentes,
bíblias, protestantes ou cristãos – ainda se fazem notar. “Alguma diferença
existe”, afirma o pastor presbiteriano Elben Lenz Cesar. “Nem que seja para
dizer que o evangélico é menos secularizado, menos blasfemo, menos apático e
mais crente, mais leitor da Bíblia, mais cristocêntrico e mais cuidadoso com a
sua conduta”, opina.
Fé
e prática
Enquanto
líderes e teólogos se esforçam para elaborar uma resposta sobre o que significa
ser evangélico no Brasil, os próprios – isto é, os evangélicos – preferem não
teorizar sobre o que são. Para crentes de diferentes denominações, mais
importante do que definir um perfil é identificar a própria fé com a pessoa de
Cristo:
“Ser
evangélico é ter o Evangelho em si, é seguir as coisas que Jesus ensinou em sua
vida. Isso é o puro e simples Evangelho: fazer os outros conhecerem a Jesus.”
Wesley
Fiorentini da Silva, 21 anos, estudante, membro da Assembleia de Deus
“Acho
que ser evangélico é seguir o que diz a Bíblia, ir sempre à igreja, ouvir a
Palavra de Deus e fazer o que o Senhor quer que a gente faça”
Mara
Cristina Bastos Ferreira da Silva, 50 anos, dona de casa, membro da Igreja Paz
e Vida
“Ser
evangélico de verdade é viver o Evangelho de Cristo, ter parâmetros e conceitos
de vida baseados no que o Senhor nos ensinou. Mas hoje virou uma máscara – ser
evangélico virou um título”
Sinara
Lopes Mota, 22 anos, crente batista e estudante
“Ser
evangélico, no sentido real da palavra, é crer e obedecer ao Evangelho de
Jesus. Para mim é ser servo, ser feliz, ser livre e fazer a diferença perante a
sociedade cumprindo o mandamento maior que Jesus nos deixou: o amor”
Alexandre
Soares, assessor de comunicação e assembleiano
“O
evangélico é aquele que frequenta uma igreja e obedece à Bíblia, além ser
exemplo de vida para os outros, isto é, influencia as pessoas com a sua fé”
Romina
Fernandes Valente, 37 anos, comerciante, integrante do Ministério Coração
Adorador
“Para
um recém-convertido, igual a mim, e devido à vivência que estou tendo hoje, sei
que ser evangélico é viver uma guerra constante. Por isso, é necessário estar
sempre orando e louvando a Deus, buscando o caminho e a libertação e seguindo a
Palavra de Deus, com o auxílio e a orientação dos pastores.”
Denys
Pacheco Fernandes, empresário, 33 anos, membro do Ministério Apascentar
Em
busca de unidade
No
fim do ano passado, um grupo de noventa líderes evangélicos reuniu-se para
tentar dar forma a algo que parece difícil: reunir os crentes brasileiros em
torno de uma associação. Representantes de diversas denominações evangélicas, eles
se encontraram na sede da Igreja Batista da Água Branca, em São Paulo, no dia
14 de dezembro, para discutir a criação de um organismo evangélico que una
igrejas, movimentos e entidades ligadas ao segmento protestante. A ideia não é
nova: desde 1903, quando foi fundada a Aliança Evangélica Brasileira – mais
tarde, transformada na Confederação Evangélica Brasileira (CEB) –, tenta-se
algo neste sentido. A iniciativa mais bem sucedida até agora foi a Associação
Evangélica Brasileira (AEvB), criada em 1991 e que tinha tudo para dar certo
num momento em que os evangélicos voltavam a demonstrar preocupação com seu
papel social.
Liderada
pelo pastor Caio Fábio D’Araújo Filho, a AEvB conseguiu atrair a adesão de
diversos e denominações. A instituição tornou-se referência da Igreja perante
setores da imprensa e da política e teve participação destacada em diversos
episódios e movimentos sociais, como o Rio, Desarme-se e o Reage, Rio. Contudo,
a excessiva personalização da liderança acabou levando a AEvB ao fracasso. Com
seu ministério abalado por problemas pessoais, Caio afastou-se da associação, o
que provocou seu esvaziamento.
A
ideia do novo grupo é justamente mudar esse histórico e consolidar algo mais
abrangente e descentralizado. Segundo o pastor Valdir Steuernagel,
representante da Visão Mundial Internacional e um dos organizadores do
encontro, o propósito da foi o de estabelecer uma aliança. “Queremos buscar a
direção de Deus e o discernimento do Corpo de Cristo quanto ao estabelecimento
de uma rede por parte de segmentos expressivos da caminhada evangélica
brasileira”, afirma. Após mais de quatro horas de reunião, os líderes presentes
tomaram várias decisões, como a permanência do grupo de trabalho atuante e sua
composição, além da discussão dos principais pontos discutidos na Carta de
princípios divulgada publicamente antes do evento. A caminhada é longa:
“Reconhecemos a necessidade de continuarmos conversando e de aglutinar mais
pessoas em torno da proposta”, encerra Steuernagel.
Fonte Cristianismo Hoje.
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