O Cristão e a política
“Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas, quando o ímpio
domina, o povo suspira.” Pv 29.2
Em uma analise franca do que é
politica aqui no Brasil, o assunto tem sinônimo de ladroagem e falta de caráter.
Mesmo que a palavra não tenha em seu conceito esta ideia as praticas dos nossos
políticos deram-na essa ideia de que a politica é ruim. O caldo de imundícies fica
mais encorpado quando se trata de crentes que estão na politica e se enrolam
com a politicagem, ai meu camarada a coisa fica preta ao ponto de muitos de nos
cristãos negligenciarmos esta tão importante responsabilidade e oportunidade de
agregar valores a nossas comunidades locais ou estaduais e etc. Alguns irmão
tem até ojeriza a politica (me lembro agora de um humorista que fala que, toda
coisa ou ação que é ruim diz que é “Coisa do Rubro” kkkkk..), politica +evangélico= super-ladrão.
Nesse caminho incerto estabelecesse
duas ações: ou voto branco e nulo ou voto no de fora ( pensasse que sendo de
fora o erro fica com os ímpios e não há escândalo nem preocupação para igreja)
mas amados e onde está a luz do mundo e o sal da terra? Lendo um texto do Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva me veio
o reforço para refutar essa primeira ação que podemos chamar de fuga na omissão
ou anulação do cidadão da terra que ainda somos até a vinda de Cristo.
A Cidadania no Brasil Atual
"A constituição Brasileira de 1988 assegurou aos cidadãos brasileiros os
direitos já tradicionalmente reconhecidos, como o direito de votar para
escolher representantes do Legislativo e no Executivo e o direito de se
candidatar para esses cargos. Não ficou, porém, apenas nisso, sendo importante
assinalar que essa Constituição ampliou bastante os direitos da cidadania.
Como inovação, foi dado ao cidadão o direito de apresentar projetos de
lei, por meio de iniciativa popular, tanto ao Legislativo federal quanto às Assembleias
Legislativas dos Estados e as Câmaras Municipais. Foi assegurado também o
direito de participar de plebiscito ou referendo, quando forem feitas consultas
ao povo brasileiro sobre projetos de lei ou atos do governo. Além disso, foi
atribuído também aos cidadãos brasileiros o direito de propor certas ações
judiciais, denominadas garantias constitucionais especialmente previstas para a
garantia de direitos fundamentais. Entre essas ações estão a Ação Popular e o
Mandado de Segurança, que visam impedir abusos de autoridades em prejuízo de
direitos de um cidadão ou de toda a cidadania.
A par disso, a Constituição prevê a participação obrigatória de
representantes da comunidade em órgãos de consulta e decisões sobre os direitos
da criança e do adolescente, bem como na área da educação e da saúde. Essa
participação configura o exercício de direitos da cidadania e é muito
importante para a democratização da sociedade.
Em todos os Estados do mundo, inclusive no Brasil, a legislação
estabelece exigências mínimas para que um cidadão exerça os direitos
relacionados com a vida pública, o que significa a imposição de restrições para
que alguém exerça os direitos da cidadania. De certo modo, isso mantém a
diferenciação entre cidadãos e cidadãos ativos. O dado novo é que no século
vinte, sobretudo a partir de sua Segunda metade, houve o reconhecimento de que
muitas dessas restrições eram antidemocráticas e por isso elas foram sendo
eliminadas. Um exemplo muito expressivo dessa mudança é o que aconteceu com o
direito de cidadania das mulheres. Em grande parte do mundo as mulheres
conquistaram o direito de votar e de ocupar todos os cargos públicos,
eliminando-se uma discriminação injusta que, no entanto, muitos efeitos ainda
permanecem na prática.
Por último, é importante assinalar que os direitos da cidadania são, ao
mesmo tempo, deveres. Pode parecer estranho dizer que uma pessoa tem o dever de
exercer os seus direitos, porque isso dá a impressão de que tais direitos são
convertidos em obrigações. Mas a natureza associativa da pessoa humana, a
solidariedade natural característica da humanidade, a fraqueza dos indivíduos
isolados quando devem enfrentar o Estado ou grupos sociais poderosos são
fatores que tornam necessária a participação de todos nas atividades sociais.
Acrescente-se a isso a impossibilidade de viver democraticamente se os membros
da sociedade externarem suas opiniões e sua vontade. “Tudo isso torna
imprescindível que, os cidadãos exerçam seus direitos de cidadania.”
Percebe que a omissão de nossos
direitos e deveres como cidadãos brasileiros gera o que se propaga hoje no
Brasil, nossa omissão em sermos sal e luz neste assunto gera estragos tremendo
em nossa cidade, estado e país. Temos padrões que podem servir de influenciador
aos ímpios e que podem ser decisivos para a administração pública. Com nosso
olhar critico a partir da bíblia sagrada teremos um norte para nós e para os
que nos cercam. Mas ainda citando outro autor, temos um grave problema hoje,
estamos vivendo dias trabalhosos como disse Paulo, dai me vem a pergunta: como
nortear as decisões politicas para o bem se nos falta justamente o norte da
bíblia sagrada? Essas palavras tomam fundamento quando vi as palavras de Paulo
Romeiro - Jornalista, mestre em Teologia pelo Gordon-Conwell Theological
Seminary e presidente da Agência de Informações Religiosas. Veja a seguir:
“Não! O crescimento da presença evangélica no Brasil não está sendo
acompanhado por uma formação teológica adequada! Uma das coisas que tem
contribuído para esta resposta negativa é a proliferação de escolas e
institutos bíblicos despreparados, por toda a parte, sem bibliotecas. Assim,
continuaremos tendo uma igreja muito mais propensa a sentir do que a pensar ou
refletir, tudo isso reforçado por um anti-intelectualismo que permeia grande
parte dos evangélicos atualmente. Acho que a teologia evangélica não pode
influenciar a igreja católica. Roma tem posições definidas e vem mantendo com
sucesso, ao longo do tempo, seus dogmas e posições.
Basta verificar o
comportamento dos últimos papas e principalmente do atual, João Paulo II. Aonde
quer que vá, ele jamais cede às pressões para que haja mudanças nas posições do
catolicismo em relação à ordenação de mulheres, às questões do aborto e do
controle de natalidade. É verdade, no entanto, que a igreja evangélica,
principalmente o seu segmento pentecostal, tem influenciado a teologia e a
liturgia da renovação carismática católica. O uso intenso de símbolos, os
mesmos cânticos e gestos - a aeróbica do Senhor - têm sido transportados, com
sucesso, do ambiente neopentecostal para as missas do padre Marcelo Rossi e de
outros.
Às vezes, alguns modismos ou desvios doutrinários influenciam um ou
outro líder católico, mas de forma isolada. É o caso do padre Alberto
Gambarini, que usa os mesmos métodos de arrecadar fundos de alguns
televangelistas: vende medalhas, apresenta ensinos questionáveis tais como
quebra de maldições hereditárias e outros na área de batalha espiritual. Dá a
impressão de que ele é um pastor tentando agradar católicos ou um padre
tentando agradar evangélicos. Creio que a postura do catolicismo, de não
negociar suas posições, deveria servir de exemplo para evangélicos que não
hesitam em incorporar novos modismos teológicos e práticas heterodoxas,
baixando o padrão de suas pregações para conseguir mais adeptos e inchar suas
igrejas.
Crise da ética a chegada de políticos evangélicos a cargos públicos
não fará diferença na ética política do país, pois o universo político
evangélico não constitui, pelo menos por enquanto, uma referência ética para a
sociedade. Basta ver que, nos últimos anos, o envolvimento da maioria dos
evangélicos com a política produziu mais males do que benefícios. A própria CPI
do orçamento revelou o triste fato de deputados e organizações evangélicas
roubando o tesouro público. Vários políticos evangélicos sucumbiram aos
subornos, mentiram, venderam votos e tornaram-se assunto de piada por parte dos
incrédulos. Creio que a crise da ética vivida por grande parte da igreja
atualmente exige de seus líderes respostas e ações urgentes. Muitos jovens
evangélicos colam nas escolas e acham que não há nenhum problema em fazê-lo.
Conheço pastores que, quando alguém liga para sua casa, instruem os filhos a
dizer no telefone que o pai não está ensinando-os a mentir. Basta ir às
livrarias evangélicas para constatar o grande número de cheques sem fundos
emitidos por crentes. Como vamos ensinar aos políticos brasileiros algo que não
praticamos? Sei que há, pelo Brasil afora, líderes evangélicos e cristãos
sinceros, mas não são a maioria e nem ganham visibilidade. Infelizmente, os que
aparecem não representam a melhor parte do mundo evangélico.
A igreja precisa,
com urgência, colocar o ensino e a prática da ética bíblica na sua agenda de
prioridades. Ensinar e viver a ética cristã é o caminho a ser percorrido por
nós, se quisermos, de fato, ser o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5: 1 3-16).
Lamentavelmente, a atual ética política evangélica representa um retrato
negativo, oposto ao que devemos ser enquanto cidadãos e cristãos evangélicos.”
Partindo disto creio que os
nossos parâmetros para a politica devem ser revisado, devemos tomar por base a
vida dos políticos e suas ações como administrador público e não simplesmente
não votar ou que é pior incorrer em omissão ao nosso dever como cidadão da
terra. Em outro texto falaremos sobre os candidatos de nossas igrejas, fará diferença?
Desfrute
JC. Silver