Deus verdadeiro



“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo.” (Salmo 23.4)

Imagine você o medo mais horrendo que agarra o seu coração, a situação mais tenebrosa que só de você pensar lhe causa arrepio na alma. Pensou, pois é meu amigo o versículo acima descreve uma situação destas, mas com a presença de Deus o escritor não tema mal algum. Andar em um monte de dificuldades ou mesmo na escuridão mais densa não é problema quando sentimos a presença de Deus a nos consolar e dar forças.

Mas às vezes não sentimos esse Deus descrito poeticamente na escuridão da noite, sei que parece melancolia ou algo apenas de desabafo, mas muitos de nós passamos pelo deserto da solidão. Nossas vidas se acometeram de uma triste divagação sobre a presença de Deus nos momentos de negra escuridão, pois nosso relacionamento com ele é muitas vezes retórico e apenas saudosista em recordações do passado descrito na sua palavra, ficando às vezes a impressão de que a mínima (na nossa ótica) ação Dele em nos mostrar o contrario, é apenas fruto de nossa agonia por algo maior que nos livre da dor. Nesta hora vem a celebre pergunta: “Onde está Deus?”.

Quando os homens de “deus” fazem uso da impiedade e injustiça, quando a cobiça por poder e glorias se torna o alvo de todos os seus esforços, não importando qual dor infligem ou o inocente que se mata. Onde está esse deus a mim ensinado quando o mal se propaga não nas sombras da morte, mas quando nos lugares celestiais ele anda de fina estampa e se conclama dono dos céus. Onde está esse deus quando a agonia e solidão que passo é fruto daqueles que conduzem minha alma para o céu de forma avassaladora perturba essa percepção poética e substancial da presença dele em minha jornada.

As declarações acima não são apenas uma exposição das ações funestas dos homens “sacros”, são uma analise do que machuca a alma, do que perfura o escudo mais forte de fé e crença em justiça no reino de Deus na terra, acreditamos em parâmetros que nos prendem a está resultante final quando vemos que os fatos reais se distanciam do que esse Deus no salmo 23:4 é descrito.

Ao constatar a certeza do salmista em sua composição poética e didática percebo bem mais que as letras, a construção dos tempos e a gramática, percebo que havia que há uma certeza num Deus consistente e real, que não divaga na verdade e se deita com a mentira e se enrola com os lençóis do poder. Vejo que esse Deus estende seu poder pra me consolar e me fazer passar pelo vale da sombra da morte. Quando vejo este texto vejo um Deus que não é mascate da fé, que não negocia o pecado pelo alto cargo que tenho na igreja, ele é a verdade que liberta.

O pão da vida que é descido do céu, e apenas em seu sangue eu tenho paz com ele e comigo mesmo. Ao viajar no salmo 23 percebo que as pastagem verdejantes já foram pagas para mim, e que não preciso de medianeiro ou instituição terrena para gerir minha entrada nestes pastos, pois conheço a voz do meu pastor, meu meigo amigo Jesus. Percebo que com esse Deus eu não entrarei em confusão pois sou apenas humano e não arrendatário dos caminhos da graça e que por assim dizer não posso tratar o reino de Deus como uma empresa qualquer. O caminho é santo simples e sem pedágio. Por isso acredite no Deus do salmo 23, s eu que a noite é escura, mas ele vai caminhar contigo até o fim, até as moradas eternas de Deus. Esse deus que se ergue na sua frente é mera criação dos homens fantoches do mal chamado poder.

Desfrute 

JC Silver 

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