Ler & Pensar II



Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.” Lc. 15. V32

Morto.
Acho que era mais o menos isso que o filho mais novo sentiu no coração, sua filiação com o pai naquele momento estava encerrada, morta e sem qualquer possibilidade de retorno. Avalio desta forma, pois sua menção não foi de retornar ao pai como filho, mas sim como jornaleiro servo e trabalhador, será que isso não acontece conosco quando falhamos em nossa jornada.

O caminho é íngreme e longo, quando erramos é assim que nos sentimos, distantes do pai e achando que o que fizemos foi à gota d’água. Quantas vezes nós estamos nesta situação, mortos pelos nossos fracassos, inúmeras vezes debilitados até mesmo para achar forças de se erguer das nossas falhas, dar o primeiro passo, caminhar para os braços do pai.

Neste momento a mente lembra as coisas boas que Deus o nosso Paizinho nos deu, riquezas que nos trazia tanta alegria e momentos de extrema intimidade com ele. Quando o nosso coração se derramava aos pés do meigo paizinho que sempre nos acalentava a alma agora todas essas coisas desperdiçadas em meio ao tempo que nos adormeceu o coração. Não quero aqui, entrar na questão teológica da passagem, mas sim numa reflexão da cena.

 “Será que me aceita ao menos com trabalhador dele, cara meu pai, e eu deixei ele pra trás como se não significasse nada para mim, tudo que me deu, eu coloquei fora.”

Será que Deus ainda me aceita? Ainda tem ao menos uma gotinha de esperança para mim? Por que desta vez foi feio meu erro. Deixo que a passagem a seguir fale por si.

 “E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se lhe ao pescoço e o beijou.”V.20.

Esperando. Olhando o caminho nunca era tarde demais para aquele pai, nunca era demais para ele, ele amava demais aquele filho, ele queria seu filho de volta, não importava o que tinha acontecido ele queria expressar o amor que sentia com um belo abraço e um beijo.

Seu coração palpitava e batia com força quando viu seu filho ainda longe. Não havia impossível, não havia protocolos para que ele corresse ao encontro do seu filho, as lagrimas rolaram e quentes tocaram a face suja e degradada do seu filho e com um beijo de saudade ele silenciou as palavras, não importava mais nada ele tinha voltado, era filho e nunca deixou de ser.

Nas dores o balsamo de gileade foi colocado, e em meio a lagrimas ele se achou, onde esteva a vergonha do filho foi colocado mais amor, e o que passou apenas passou, pois ele tinha se achado. Agora tinha um rio ali, bem ali, para saciar sua sede e lavar o seu interior putrefato de manjares do mundo onde até comidas de porcos o diabo lhe deu. Sim, havia não só uma gota de esperança, mas um rio, um oceano de amor chamado JESUS, um amor louco, apaixonante incontrolável. Ele amou a você.

Desfrute
J.C Silver

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