O CÉU É AQUI



Por vezes em nosso interior somos tomados pelo sentimento de ver o céu, sentir que não estamos mais nesta terra de dor, e sofrimento. As lutas de uma jornada incessante de busca pelo conforto da vida, as desilusões que nos acomete na caminhada cristã, as lascas que nos tiram do coração, feridas feitas pelos páreas que um dia já se deram as mãos para sair das trincheiras da guerra que é a vida.

Somos acometidos, isso falo num bom sentido de um sentimento de saudade de algo que nunca vimos, nunca estivemos lá pra ver, mas ansiamos estar lá. O céu. Ao ouvir o hino cantado pelo Arautos de Rei, noto que esse sentimento de ter o gostinho do céu para aliviar as dores da caminhada tem muito mais há ver com as minhas escolhas de como vou conduzir minha jornada rumo a está morada. O céu é aqui se aprendi a perdoar.

O soluço do choro engasgado toma conta do corpo e emudece a fala, não sai palavra alguma dos lábios frente a está afirmação atômica no coração, o céu em sua plenitude é puro e não aceita pessoas manchadas por mágoas não tratadas. Os corações que sangram não admitem o retrocesso de ações que impetradas  defendem o direito a justiça própria, almas cansadas que se camuflam na cegueira dos corações. Não, mesmo que se cante o coração sabe que não é fácil viver assim, à margem do que é viver o gostinho do céu aqui sem dar o passo seguinte, perdoar,sem isso viveremos em sombras e nada mais.

Perdoe sete vezes sete. (Mateus, XVIII: 15, 21e 22).

Numa condição infinita, numa profundidade só compreendida pelas pessoas que se assemelham a medida e estatura de Cristo, (Efésios 4:13). Uma condição indispensável para ter o céu aqui, bem aqui perto de mim, ter a sensação de que mesmo em dor e sofrimento o céu está comigo, o almejado lar, sentido o céu domínio em mim, mas tenho que perdoar, as concessões são devastadoras para um sentimento de justiça própria que se assemelha a de um ser olimpiano furioso, mas devo colocar o meu viver nas mãos do pai.

Agora ouço outra frase que prende mais ainda a voz e agora emudece a alma, “E quando vejo os irmãos se unindo, multidões cantando um hino, vejo anjos celebrando, é o céu que está chegando.”.  Então se não voltar, viver em trevas será o destino dos santos justiceiros (I João 2-11) ter o que se quer implicara em perder o que se realmente quer, ter ou não ter eis a questão.

Quero o céu, Jesus me pede o coração, as armas tem que ser depostas, o jogo tem que parar as lascas tem que ser tratadas e a vida tem que continuar com toda a sua complexidade e  com toda a sua beleza, eu começo a vislumbrar que o céu o gostinho do céu são mais importantes do que a minha justiça, satisfação pessoal e desejo de vingança. O céu não pode esperar, meu coração não pode viver sem a companhia de Jesus.

A dadiva de viver em sintonia com o céu depende do meu viver com aquele que me da todas as razões para odiar e querer o mais terrível dos castigos. E viver em sintonia, não apenas como uma barganha com o EU SOU e tapeação com o meu desafeto, mas sim uma atitude sem precedentes que exigira  a entrega daquilo que acho que tenho direito.

O céu é aqui se eu aprendi a perdoar.

JC Silver 


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