Amo a Deus


Sem explicação teológica, sem plano metafísico que expliquem esse sentimento, apenas amo, sem revelações espirituais vindas do alto que explique esse amor. Isso pode até soar irracional num mundo que hoje vive a busca pela razão de se amar a Deus seja pela – sua grandeza em fazer favores, o que não é muito difícil de identificar no relacionamento que muitos cristãos têm hoje, ou pelo seu poder, algo que está mais para idolatria sega por algo que se expressa em ter mais medo do que amor.

Dentro disto acho que vislumbro um dos sentimentos que permeia a mente do criador bondoso, o amor. Em suma percebo que no ato da criação do homem Deus faz uma das maiores demonstrações do que ele quer na criação da humanidade compartilhar o amor puro e simples. A criação foi e é um ato de extremo e puro amor, ao fazer o homem a sua imagem e semelhança Deus compartilha de sua essência, de seu intelecto e de sua própria partícula. Temos dentro de nós a centelha divina que nos conecta ao criador, temos em cada um de nós o DNA do verdadeiro amor, um sentimento que não pede nada além de aceitar o amor dado, e é ai que vem a explicação do amor que toma o meu coração neste momento e sendo tão bom de sentir quero que fique aqui.

Amar a Deus quando tudo diz que não e quando os homens ditam  ter e ter, e eu não tenho nada e mesmo assim amo a Deus, mesmo que minha vida seja assim como a aparência de Jesus “Um que os homens viravam o rosto, sem beleza nem formosura”, uma vida que ninguém queira ter, onde se prega a fama no templo e a riqueza como sinais de Deus. Amo a Deus quando o sonho não vem, quando a escuridão teima e parece que o dia não vai chega, e escura a noite e solitária, incompreensível aos meus olhos toda a escuridão que me cerca, quando sou chamado a ser luz, aos olhos humanos sou mais um e o silêncio dos lábios de Deus não desmentem os olhares, mas eu o amo.

 Quando os aguilhoe de uma vida moderna consumista de atacam o coração me fazendo pensar em futuro, incerto e sem esperança aos meus olhos eu amo a Deus, mesmo no vale da sombra da morte num momento de devastação de minha fé eu me ancoro nesse amor pra não virar mais um na triste estatística dos que não viram a graça. Uma graça que fez homens e mulheres se entregarem as tormentas dos felinos nas arenas que saciavam as feras da plateia ávidas por sangue. Em momentos de dor fizeram fieis testemunhas abraçarem não a morte, mas um futuro de doce e regalada eternidade com Cristo.

Como explicar um sentimento que faz uma terminal de câncer, cantar em pleno natal que Deus é bom e que ele seja louvado, quando as dores de uma vida lhe pedem a raiva, amaldiçoar o dia do nascimento e desejar nunca ter nascido. Quando o mundo da corrupção torna inoportuno ser justo e honesto, quando o certo se torna errado, quando a bajulação é o tributo a ser pago para ser feliz no reino dos homens sim amo a Deus.
Amar a Deus em meio à miséria, quando um filho parte e quando não entendemos por que pecamos se não queremos pecar, sentimos raiva. Não sei expressar esse amor que consome minha frustação e que me mostra que o caminho que trilho é um caminho que me leva até ele a fonte do amor que sinto, não tenho uma definição intelectualizada para descrever esse amor, mas sei que quero os braços dele, quero adora-lo com tudo o que sou, sem reservas, sem mascaras mostrando quem sou, corpo, alma e espirito.

Quero me esconder deste mundo frio, e tocar o coração dele, minha mente e coração me instigam a buscar o olhar dele. Toda a aminha alma asseia a ele, quero dizer que o amo e dizer que ele é santo e exaltado não apenas com minha boca, mas com meu silencio, minha cautela em não deixar meu animal interno sair e vingar-se e tornar injusta a minha sede de justiça.

Amo, pois sei que me amou primeiro, e falo isso, pois sei quem eu fui e até hoje luto pra ser o que ele quer, sempre em mente que eu o amo.

Apenas servo

Scoott Brown


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