Eu Recomendo
Depois de uma longa pausa reflexiva exponho alguns textos e vídeos que me mostraram novamente o caminho, nos próximos dias a conclusão do texto que escrevi. Medite.
Os 8 ais de
Jesus sobre a hipocrisia dos fariseus em Mt.23.13-33 é atual e aplicáveis hoje
O primeiro ai:
V. 13)
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque fechais o reino dos céus
diante dos homens; pois, vós não entrais, nem deixais entrar os que estão
entrando.
Esta
passagem de denúncias não representa uma mera opinião de Jesus, mas é o
julgamento do Santo de Deus sobre aqueles que estavam fazendo da religião
inteira uma zombaria e um fingimento. O ai significa o fogo eterno do inferno.
Este será o castigo deles, como diz Lutero. Eles, em sua hipocrisia e em sua
ação, chegaram ao ponto em que enganam tanto a si mesmos como aos outros.
Fingem,
com grande ostentação de zelo, estar abrindo as portas dos céus aos seus
semelhantes, ensinando-lhes o caminho da salvação farisaica por obras. Mas,
procedendo assim, de fato, fecham os portais do céu diante deles. Pensavam que
tinham o céu como certo e que, quando bem quisessem, podiam entrar, mas, tão
só, se enganaram e ainda enganam outros, impedindo-os de entrar.
O segundo ai: V.
14)
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque devorais as casas das viúvas
e, para o justificar, fazeis longas orações; por isso sofrereis juízo muito
mais severo.
Os
fariseus não gostavam de trabalho braçal ou mental, com o qual pudessem
conseguir a vida honestamente. Assim como sua religião era mera farsa, também
seus costumes religiosos eram usados para esquemas de enriquecimento. Longas
oração, como as que eles costumavam fazer, eram a sua marca forte, sendo
produzidas com a finalidade de mostrar ao povo que possuíam méritos e poderes
excepcionais. Mulheres, despojadas de seus protetores naturais, viúvas, cujos
sentimentos facilmente podiam ser dominados, com muita disposição pagavam pela
assistência de longas orações feitas por elas. Este era o pretexto frívolo pelo
qual escribas e fariseus conseguiam propriedade e riquezas, Is.5.8. Esta forma
de suborno era especialmente condenável, porque incluía o abuso do nome de
Deus, e, desta forma, era tanto uma blasfêmia como um assalto.
O terceiro ai:
V.15)
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque rodais o mar e a terra para
fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes
mais do que vós.
Os
escribas e fariseus, em seu desejo de impressionar o povo, eram zelosos em
ganhar prosélitos para a igreja judaica. Atravessavam os mares e viajavam pelos
desertos procurando homens e mulheres que pudessem ser ganhos para a religião
judaica, sendo naquele tempo notável o número de prosélitos da porta e os
prosélitos da justiça, ou seja, daqueles que haviam aceitado as doutrinas
judaicas sem ou com a circuncisão e o batismo. Mas eles, juntando externamente
pessoas à igreja, internamente lhes causavam eterno dano às almas,
ensinando-lhes a religião da hipocrisia.
Muitos
dos prosélitos da justiça eram muito mais fanáticos do que os próprios judeus.
Desta forma os fariseus, mais uma vez, provaram que eram adeptos da
dissimulação, visto que aos olhos das pessoas isto parecia que eles eram
zelosos por Deus, e que tiravam muitas pessoas da idolatria.
Mas,
de fato e de verdade, eles as metiam numa idolatria ainda muito maior, do que a
anterior, ainda que oculta, porque passaram a crer em suas próprias boas obras.
O quarto ai: V.
16)
Ai de vós, guias cegos! Que dizeis: Quem jurar pelo santuário, isso é nada; mas
se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que jurou. 17)
Insensatos e cegos! Pois, qual é maior: o ouro, ou o santuário que santifica o
ouro? 18) E dizeis: Quem jurar pelo altar, isso é nada; quem, porém, jurar pela
oferta que está sobre o altar, fica obrigado pelo que jurou. 19) Cegos! Pois,
qual é maior: a oferta, ou o altar que santifica a oferta? 20) Portanto, quem
jurar pelo altar, jura por ele e por tudo o que sobre ele está. 21) Quem jurar
pelo santuário, jura por ele e por aquele que nele habita; 22) e quem jurar
pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que no trono está sentado.
É
um exemplo típico das diferenças sem sentido que eram permitidas porque a
tradição assim o falava. Jesus chama aos escribas e fariseus de guias cegos, ou
seja, aqueles que se atreviam guiar outras pessoas enquanto eles próprios
careciam de conhecimento e compreensão corretos, Rm 2.17-24. Era considerado um
transgressor manifesto aquele que, sob juramento, fazia um voto pelo ouro do
lugar santo ou pelo sacrifício sobre o altar, coisas que eram santificadas a
Deus, caso não considerasse seu voto como totalmente obrigatório.
Mas,
jurar pelo santo dos santos ou pelo altar de sacrifício era nada, tinha nenhum
valor e não era obrigatório. Detalhes pequenos e insignificantes eram
sustentados no interesse de preceitos humanos e com o propósito de conservar os
corações das pessoas por meio da pressão do medo, sendo, porém, ignorados os
assuntos fundamentais. O Senhor os chama de tolos estúpidos e cegos, que não
têm entendimento nem valor reais. É o altar que santifica, que dá o valor ao
sacrifício. É o lugar santo que confere santidade ao ornamento. É Deus, o Rei
dos céus, que dá ao trono lá do alto dignidade e valor. Por isso chegara o
tempo para os judeus para reajustarem os valores. Os votos são sacros e
válidos, mas nunca deve acontecer que distinções humanas os encubram.
O quinto ai:
V.23)
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do
endro e do cominho, e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei,
a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem
omitir aquelas.24) Guias cegos! Que coais o mosquito e engolis o camelo.
É
um outro exemplo da observância religiosa de coisas insignificantes.
Interpretavam a lei do dízimo tão severamente, Lv 27.30,31, que, conforme uma
explicação rabínica, se preocupavam sinceramente em incluir as menores ervas e
vegetais da horta, a cheirosa hortelã, o endro, o cominho aromático, cujo uso
era medicinal. Em outras palavras, eram severíssimos no escrúpulo em observar,
até, os mínimos detalhes de sua religião.
Mas,
fazendo isto, deixavam de lado os assuntos mais pesados da lei, como o juízo, a
misericórdia e a fé. Justiça e equidade para com todos, misericórdia e amor
para com aqueles que estavam em necessidade de compaixão, fé em Deus como a
fonte de toda religião verdadeira. Eles nada sabiam destas grandes virtudes,
mas as omitiam e desprezavam. Era bom e elogioso dar o dízimo, mesmo se a
interpretação dos mestres incluía as ervas da horta, mas o que representava a
exatidão neste assunto tão pequeno em comparação com a necessidade muito maior
de cultivar as virtudes maiores? Sua atitude bem podia ser comparada ao
proverbial engasgar na tentativa de engolir um mosquito, mas engolir com a
maior facilidade um camelo. Com extremo cuidado coavam qualquer pequeno inseto
do vinho, para que não se contaminassem, mas o engolir dum camelo lhes dava
pouco remorso. A menor omissão duma regra secundária feria suas consciências,
mas a infração dos preceitos fundamentais de Deus, que deviam observar diante
das pessoas, isso não os impressionava.
O sexto ai: V.
25)
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque limpais o exterior do copo e
do prato, mas estes por dentro estão cheios de rapina e intemperança. 26)
Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior
fique limpo.
É
uma figura tomada da bem conhecida rigidez dos fariseus no assunto das
purificações e abluções prescritas na lei. Em todas estas formas exteriores,
também nos preceitos sobre comida e bebida, tomavam o cuidado de manter uma
aparência imaculada diante das pessoas. Mas, enquanto isso, os lucros de
assalto e incontinência enchiam seus bolsos. É essencial que em verdadeira
pureza, primeiro, esteja limpo o lado de dentro do prato e da xícara. A pureza
do exterior seguirá como consequência. Não pode haver verdadeira piedade, ou
retidão de viver, a não ser que, primeiro, o homem interior esteja renovado. A
conversão precisa preceder à santificação. Uma pessoa pode exercitar-se para
observar a aparência exterior apropriada e, até, das virtudes cristãs, mas sem
uma mudança de alma tudo isso nada será. “Ele diz: Tudo está externamente tão
limpo que não podia ser melhor”. Mas, como está em vosso coração? Ele não fala
da xícara ou do prato, mas do coração que está cheio de impurezas.
Ele
não rejeita sua pureza, mas deviam, primeiro, limpar o que está dentro. Esta
pureza a qual não só observais, mas também ensinais, quando pensais que se a
roupa de púrpura está escovada e tudo, seja cama e vestes, está limpo, esta é a
vossa justiça, e não obstruís esta pureza mas a enfatizais, mas estais, ainda,
internamente cheios de assalto, ganância e impurezas, e ainda defendeis esta
doutrina e vida. Não pode ser pecado, quando assaltais e roubais tudo o que
eles, o povo pobre, possuem”).
O sétimo ai: V.
27)
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos
sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas interiormente estão
cheios de ossos de mortos, e de toda imundícia. 28) Assim também vós
exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de
hipocrisia e de iniquidade.
Era
costume entre os judeus, desenvolvido de Ez 39.15, pelos rabis, do qual se
afirmava que voltava até aos tempos de Josué, que, no dia quinze do mês de Adar
de cada ano, um mês antes da páscoa, as sepulturas daqueles que haviam sido
sepultados nas encostas dos morros ou perto das estradas deviam ser pintadas
com uma espécie de cal. Desta forma eram bem visíveis, tanto de dia como de
noite, e os peregrinos, que não estavam acostumados com o país, que vinham às
grandes festas, podiam evitar qualquer contaminação levítica, quando caminhavam
por entre estas sepulturas, visto que o contato com uma sepultura podia
contaminar a um judeu. De acordo com o julgamento de Cristo, os escribas e
fariseus são exatamente como essas sepulturas. Sua vida, tal como eles a
apresentam à vista da multidão, era imaculada, provocando nada menos do que
elogios, mas, quando se penetrava para além da casca exterior e examinava o
coração, a verdadeira abominação era tão grande que provocava nada menos do que
a condenação. São hipócritas, cujo verdadeiro orgulho da lei se mede em
indisciplina e oposição da lei.
O oitavo ai: 29) Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas! porque edificais os sepulcros
dos
profetas, adornais os túmulos dos justos, 30) e dizeis: Se tivéssemos vivido
nos dias de nossos pais, não teríamos sido seu cúmplices no sangue dos
profetas. 31) Assim, contra vós mesmos, testificais que sois filhos dos que
mataram os profetas. 32) Enchei vós, pois, a medida de vossos pais. 33)
Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?
As
sepulturas verdadeiras e supostas dos profetas do Antigo Testamento eram tidas
em grande veneração pelos judeus do tempo de Cristo. Um sinal que geralmente
caracteriza uma ortodoxia morta é edificar os túmulos e decorar as sepulturas
enquanto, de fato, se rejeita as palavras dos profetas que se honra com esta
demonstração exterior. Tudo isto acompanhado com muita exibição de santimônia.
Lamentam
amargamente o fato que os pais mostraram tão pouco juízo e foram tão rápidos em
sua ação – o que é uma peculiaridade encontrada até este dia numa geração que
imagina estar no entendimento e no conhecimento, em especial das Escrituras e
na compaixão, muito acima das pessoas, que viveram a poucos séculos passados.
Tudo isto, unicamente, mostra que eles tinham a mesma índole e sangue de seus
pais, que, como filhos de assassinos de profetas, teriam pouca compunção, e não
hesitaram em preencher a medida de seus pais, excedendo-os em crueldade e em
sede por sangue, matando ao Salvador. Em vista de tal vileza e hipocrisia, o
Senhor, só com muito esforça, acha epítetos que expressam seu desprezo a tal
maldade. Chama-os de serpentes e prole de víboras, a quem não será possível
escapar da condenação do inferno.
Bereiano
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Só fale aquilo que pode edificar tanto a você como aos outros e desfrute das bençãos do Senhor Jesus.